UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE
UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO
DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO
SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO
CAMPO
DE ESTÁGIO: CMEI MARIA CAETANO
AGRUPAMENTO:
BERÇÁRIO
PROFESSORA
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: VALDIRENE OLIVEIRA
ACADÊMICAS:
MARIA DO CARMO S.V. NOVAIS
MARINELE LOPES DO
CARMO
MILAINE ALVES AMARAL
NAYARA CRISTINA
OLIVEIRA
PLANO DE AULA DO DIA
22/09/14
·
TEMA
DO DIA:
- Literatura
infantil na perspectiva de letramento, autonomia e identidade com
aproveitamento dos espaços da instituição.
·
JUSTIFICATIVA:
De
acordo com Ostetto, 2002, p.192, “... não é a atividade em si, que ensina, mas
a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados é
que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos”. Nesse sentido
planejamos nossas ações para o dia de hoje, embasadas no “Projeto Para além da
sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim, buscando
atender, nessa fase, as necessidades e interesses demonstrados pelas crianças
no período de observação do estágio, de forma que elas possam experimentar e
descobrir o mundo que há dentro delas próprias e ao seu redor numa perspectiva
de letramento em situações desafiadoras e significativas que favoreçam a
apropriação de conhecimentos sobre o mundo físico e social ao qual pertencem.
Segundo
Coelho, 2010, p. 79:
O
letramento começa muito antes de a criança pegar um lápis ou conhecer as letras
e as formas de escrever. A partir de suas vivências cotidianas com a família,
com a sociedade ou com seus pares, os pequenos participam de tal prática de
maneira intensa, através de situações diversificadas e no contato com materiais
escritos em lugares diversos e de variadas formas.
Assim, pretendemos propor às crianças algumas
atividades relacionadas à Literatura Infantil, envolvendo o contato com
diversos materiais escritos como livros de literatura, gibis, revistas, jornais
e outros, para que elas possam manuseá-los de forma lúdica, prazerosa, sem
restrições, explorando suas imagens e conteúdos e descobrindo o universo que
eles podem lhes oferecer.
De acordo com o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil, 1998, p. 135: “As crianças, desde muito
pequenas, podem construir uma relação prazerosa com a leitura”. Essa relação
pode ser construída a partir da narração ou contação de histórias, pois sabemos
que escutar histórias é o primeiro passo para se tornar um bom leitor, por isso
quanto mais cedo essa prática for iniciada, melhor será o desenvolvimento da
criança para que ela venha a ter uma mente criativa e inventiva, além de
contribuir para a aquisição espontânea do gosto e do amor genuíno pela leitura
e pelos livros. Assim sendo, este é outro estímulo que pretendemos propor às
crianças no intuito de desenvolver a imaginação, a criatividade, a escuta, a
atenção, a afetividade, a interação, o vocabulário e a capacidade de
compreensão e interpretação delas, para que possam enriquecer o aprendizado de
regras, propiciar a criação de vínculos e a formação para o hábito de leitura.
Maria
Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio
do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu
redor. "A criança ama tocar os objetos para depois poder
reconhecê-los", disse certa vez. (Revista Nova Escola – Maria Montessori a
médica que valorizou o aluno).
Podemos
perceber a partir desta citação como é relevante explorar o desenvolvimento da
percepção tátil com as crianças desde o berçário, pois de 0 a 6 anos os
sentidos das crianças estão à flor da pele e precisam ser educados para
estimular e ampliar a capacidade de aprendizagem delas. Portanto, pretendemos propiciar às crianças uma atividade onde poderão
exercitar o sentido tátil, possibilitando um desenvolvimento prazeroso em que
elas poderão ampliar a capacidade de explorar sensações e cores de diferentes
formas através de um livro de texturas que construímos.
Por fim, esperamos que as ações planejadas possam dar
continuidade ao processo de construção da identidade e autonomia das crianças
sem perder o foco do tripé cuidar-brincar-educar, propiciando o desenvolvimento
de suas potencialidades no sentido de se tornarem protagonistas de seu
aprendizado e de sua formação para a cidadania.
·
OBJETIVOS:
- Propiciar
às crianças o contato e a interação com os livros e através dos livros;
-
Despertar a imaginação, a criatividade e o gosto pela leitura;
-
Proporcionar situações de leitura e contos compartilhados aproveitando os
espaços da instituição;
-
Promover o acesso à cultura letrada e a valorização da leitura como fonte de
prazer e entretenimento;
-
Possibilitar o desenvolvimento das expressões e dos sentidos por meio da
experimentação de diversos tipos de texturas e cores.
-
Dar continuidade ao processo de aquisição da autonomia na hora da alimentação.
·
METODOLOGIA:
- Para o
terceiro encontro com as crianças do berçário do CMEI Maria Caetano, preparamos
e temos a intenção de trabalhar a Literatura Infantil numa perspectiva de
letramento aproveitando o espaço externo da instituição a partir da criação de
um cantinho de leitura com um ambiente preparado para esse fim, com tapetes de
EVA, colchonetes, materiais escritos e ilustrados diversos, som ambiente,
alguns brinquedos, etc., e também, nesse mesmo canto, vamos desenvolver
atividades de desenvolvimento do sentido tátil apresentando às crianças um
livro de texturas que construímos a fim de proporcionar a elas a experimentação
de vários tipos de sensações. Pretendemos continuar com o processo de
construção da identidade e aquisição da autonomia, através do jantar na área
externa do berçário, voltando a incentivá-los a se alimentar sozinhos sentados
à mesa com a nossa mediação.
·
RECURSOS:
- Livro de
texturas;
- Livros de
literatura diversos, gibis, revistas, jornais, etc;
- Aparelho de
Som;
- Aventais
pedagógicos;
- Tapetes de
EVA;
- Colchonetes;
- Brinquedos.
·
AVALIAÇÃO:
- Registraremos
a realização das atividades através de vídeo, fotografias e registro escrito
que utilizaremos no final do projeto para a avaliação contínua do mesmo num
todo.
- Avaliaremos as
reações das crianças em cada estimulação do tato, levando em consideração
aspectos como: expressões de aceitação, rejeição, repulsa, prazer, surpresa
entre outros e observaremos o interesse, a interação das crianças com o
material escrito considerando os seguintes aspectos: que tipo de material
chamou mais atenção, de que forma aconteceu a manipulação dos materiais, se
folhearam os livros, se exploraram as imagens, se o contato foi prazeroso, a
escuta e atenção durante a narração ou contação de histórias e outros. Também
avaliaremos a capacidade de se alimentarem sozinhos.
·
MOMENTO
CULTURAL:
- Dramatização
da história infantil “Dona Baratinha”.
·
REAVALIANDO
O DIA 15/09/14:
O
estágio do dia 15 de setembro de 2014 foi uma etapa significativa e motivadora que passamos no CMEI Maria
Caetano.
Neste
segundo dia de encontro tudo foi planejado desde o acordar até o banhar, claro
que nem tudo saiu como pensávamos. Planejamos uma aula no lado exterior da sala
do berçário, com tintas feitas por nós, além de ter um cantinho com brinquedos
até mesmo para que as tintas não fossem a única opção. As crianças inicialmente
ficaram meio acanhadas, mas no decorrer da atividade elas começaram a brincar e
a conhecer a textura das tintas deslumbradas com as cores e com o espaço que
tínhamos organizado, porém nem todas se interessaram pelas tintas, muitas
preferiram os brinquedos que deixamos como a segunda opção de atividade.
Percebemos que a nossa proposta foi positiva e acreditamos que muitas crianças
se encantaram por ela, principalmente no que tange às cores e texturas da
tinta.
A
interação criança-criança e criança-adulto bem trabalhada e positiva, as
crianças interagiram umas com as outras e nós como professoras mediamos todos
os momentos, inclusive nos sentamos com elas para que se sentissem mais
confiantes, este momento foi muito importante para que elas começassem a se
soltar e assim interagir com o material.
Logo
após a atividade começamos o banho, que foi um momento bastante interessante,
porém com algumas situações contraditórias ao que realmente acreditamos. Após o
banho as crianças não jantaram como no primeiro dia, sozinhas sob a nossa
mediação, acreditamos que poderia ter sido da mesma forma, pois foi um momento
muito satisfatório para as crianças e de realização para nós, porém não foi
possível.
Concluímos
que esse segundo dia foi uma experiência única, divertida e de grande
aprendizado, mesmo que nem tudo que planejamos e idealizamos tenha saído como
esperado. Assim reavaliamos este dia como um dia diferente, principalmente para
as crianças e continuaremos nossas práticas com o intuito de fazer sempre o
melhor para o desenvolvimento integral das crianças.
·
REFERENCIAS:
COELHO, Silmara.
O Processo de Letramento na Educação
Infantil. Disponível em:
file:///C:/Users/usuário/dowloads/4848-19129-1-SM%20(2),pdf. Acesso em Set.
2014.
OSTETTO, Luciana
Esmeralda. Planejamento na educação
infantil: mais que a atividade, a
criança em foco. In: OSTETTO, L.E. Encontro e encantamento na educação
infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas - SP: Papirus, 2002,
p.192.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil /
Ministério da Educação e do Desporto,
Secretaria de Educação
Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
3v.: il.
NOVA ESCOLA,
Revista. Maria Montessori a médica que
valorizou o aluno. Disponível em: revistaescola.abril.com.br/formação/medica-valorizou-aluno-423141.shtml?page=0.
Acesso em: 19 de Set. de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário