quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Plano de aula 3

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO

CAMPO DE ESTÁGIO: CMEI MARIA CAETANO
AGRUPAMENTO: BERÇÁRIO
PROFESSORA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: VALDIRENE OLIVEIRA
ACADÊMICAS: MARIA DO CARMO S.V. NOVAIS
                           MARINELE LOPES DO CARMO
                           MILAINE ALVES AMARAL
                           NAYARA CRISTINA OLIVEIRA
                         
PLANO DE AULA DO DIA 22/09/14

·         TEMA DO DIA:
- Literatura infantil na perspectiva de letramento, autonomia e identidade com aproveitamento dos espaços da instituição.

·         JUSTIFICATIVA:
De acordo com Ostetto, 2002, p.192, “... não é a atividade em si, que ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados é que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos”. Nesse sentido planejamos nossas ações para o dia de hoje, embasadas no “Projeto Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim, buscando atender, nessa fase, as necessidades e interesses demonstrados pelas crianças no período de observação do estágio, de forma que elas possam experimentar e descobrir o mundo que há dentro delas próprias e ao seu redor numa perspectiva de letramento em situações desafiadoras e significativas que favoreçam a apropriação de conhecimentos sobre o mundo físico e social ao qual pertencem.
Segundo Coelho, 2010, p. 79:
O letramento começa muito antes de a criança pegar um lápis ou conhecer as letras e as formas de escrever. A partir de suas vivências cotidianas com a família, com a sociedade ou com seus pares, os pequenos participam de tal prática de maneira intensa, através de situações diversificadas e no contato com materiais escritos em lugares diversos e de variadas formas.

Assim, pretendemos propor às crianças algumas atividades relacionadas à Literatura Infantil, envolvendo o contato com diversos materiais escritos como livros de literatura, gibis, revistas, jornais e outros, para que elas possam manuseá-los de forma lúdica, prazerosa, sem restrições, explorando suas imagens e conteúdos e descobrindo o universo que eles podem lhes oferecer.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p. 135: “As crianças, desde muito pequenas, podem construir uma relação prazerosa com a leitura”. Essa relação pode ser construída a partir da narração ou contação de histórias, pois sabemos que escutar histórias é o primeiro passo para se tornar um bom leitor, por isso quanto mais cedo essa prática for iniciada, melhor será o desenvolvimento da criança para que ela venha a ter uma mente criativa e inventiva, além de contribuir para a aquisição espontânea do gosto e do amor genuíno pela leitura e pelos livros. Assim sendo, este é outro estímulo que pretendemos propor às crianças no intuito de desenvolver a imaginação, a criatividade, a escuta, a atenção, a afetividade, a interação, o vocabulário e a capacidade de compreensão e interpretação delas, para que possam enriquecer o aprendizado de regras, propiciar a criação de vínculos e a formação para o hábito de leitura.

Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor. "A criança ama tocar os objetos para depois poder reconhecê-los", disse certa vez. (Revista Nova Escola – Maria Montessori a médica que valorizou o aluno).

            Podemos perceber a partir desta citação como é relevante explorar o desenvolvimento da percepção tátil com as crianças desde o berçário, pois de 0 a 6 anos os sentidos das crianças estão à flor da pele e precisam ser educados para estimular e ampliar a capacidade de aprendizagem delas. Portanto, pretendemos propiciar às crianças uma atividade onde poderão exercitar o sentido tátil, possibilitando um desenvolvimento prazeroso em que elas poderão ampliar a capacidade de explorar sensações e cores de diferentes formas através de um livro de texturas que construímos.
            Por fim, esperamos que as ações planejadas possam dar continuidade ao processo de construção da identidade e autonomia das crianças sem perder o foco do tripé cuidar-brincar-educar, propiciando o desenvolvimento de suas potencialidades no sentido de se tornarem protagonistas de seu aprendizado e de sua formação para a cidadania.

·         OBJETIVOS:
- Propiciar às crianças o contato e a interação com os livros e através dos livros;
- Despertar a imaginação, a criatividade e o gosto pela leitura;
- Proporcionar situações de leitura e contos compartilhados aproveitando os espaços da instituição;
- Promover o acesso à cultura letrada e a valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
- Possibilitar o desenvolvimento das expressões e dos sentidos por meio da experimentação de diversos tipos de texturas e cores.
- Dar continuidade ao processo de aquisição da autonomia na hora da alimentação.

·         METODOLOGIA:
- Para o terceiro encontro com as crianças do berçário do CMEI Maria Caetano, preparamos e temos a intenção de trabalhar a Literatura Infantil numa perspectiva de letramento aproveitando o espaço externo da instituição a partir da criação de um cantinho de leitura com um ambiente preparado para esse fim, com tapetes de EVA, colchonetes, materiais escritos e ilustrados diversos, som ambiente, alguns brinquedos, etc., e também, nesse mesmo canto, vamos desenvolver atividades de desenvolvimento do sentido tátil apresentando às crianças um livro de texturas que construímos a fim de proporcionar a elas a experimentação de vários tipos de sensações. Pretendemos continuar com o processo de construção da identidade e aquisição da autonomia, através do jantar na área externa do berçário, voltando a incentivá-los a se alimentar sozinhos sentados à mesa com a nossa mediação.

·         RECURSOS:
- Livro de texturas;
- Livros de literatura diversos, gibis, revistas, jornais, etc;
- Aparelho de Som;
- Aventais pedagógicos;
- Tapetes de EVA;
- Colchonetes;
- Brinquedos.

·         AVALIAÇÃO:
- Registraremos a realização das atividades através de vídeo, fotografias e registro escrito que utilizaremos no final do projeto para a avaliação contínua do mesmo num todo.
- Avaliaremos as reações das crianças em cada estimulação do tato, levando em consideração aspectos como: expressões de aceitação, rejeição, repulsa, prazer, surpresa entre outros e observaremos o interesse, a interação das crianças com o material escrito considerando os seguintes aspectos: que tipo de material chamou mais atenção, de que forma aconteceu a manipulação dos materiais, se folhearam os livros, se exploraram as imagens, se o contato foi prazeroso, a escuta e atenção durante a narração ou contação de histórias e outros. Também avaliaremos a capacidade de se alimentarem sozinhos.



·         MOMENTO CULTURAL:
- Dramatização da história infantil “Dona Baratinha”.

·         REAVALIANDO O DIA 15/09/14:
O estágio do dia 15 de setembro de 2014 foi uma etapa significativa  e motivadora que passamos no CMEI Maria Caetano.
Neste segundo dia de encontro tudo foi planejado desde o acordar até o banhar, claro que nem tudo saiu como pensávamos. Planejamos uma aula no lado exterior da sala do berçário, com tintas feitas por nós, além de ter um cantinho com brinquedos até mesmo para que as tintas não fossem a única opção. As crianças inicialmente ficaram meio acanhadas, mas no decorrer da atividade elas começaram a brincar e a conhecer a textura das tintas deslumbradas com as cores e com o espaço que tínhamos organizado, porém nem todas se interessaram pelas tintas, muitas preferiram os brinquedos que deixamos como a segunda opção de atividade. Percebemos que a nossa proposta foi positiva e acreditamos que muitas crianças se encantaram por ela, principalmente no que tange às cores e texturas da tinta.
A interação criança-criança e criança-adulto bem trabalhada e positiva, as crianças interagiram umas com as outras e nós como professoras mediamos todos os momentos, inclusive nos sentamos com elas para que se sentissem mais confiantes, este momento foi muito importante para que elas começassem a se soltar e assim interagir com o material.
Logo após a atividade começamos o banho, que foi um momento bastante interessante, porém com algumas situações contraditórias ao que realmente acreditamos. Após o banho as crianças não jantaram como no primeiro dia, sozinhas sob a nossa mediação, acreditamos que poderia ter sido da mesma forma, pois foi um momento muito satisfatório para as crianças e de realização para nós, porém não foi possível.
Concluímos que esse segundo dia foi uma experiência única, divertida e de grande aprendizado, mesmo que nem tudo que planejamos e idealizamos tenha saído como esperado. Assim reavaliamos este dia como um dia diferente, principalmente para as crianças e continuaremos nossas práticas com o intuito de fazer sempre o melhor para o desenvolvimento integral das crianças.

·         REFERENCIAS:
COELHO, Silmara. O Processo de Letramento na Educação Infantil. Disponível em: file:///C:/Users/usuário/dowloads/4848-19129-1-SM%20(2),pdf. Acesso em Set. 2014.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Planejamento na educação infantil:  mais que a atividade, a criança em foco. In: OSTETTO, L.E. Encontro e encantamento na educação infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas - SP: Papirus, 2002, p.192.

BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil /
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação
Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il.

NOVA ESCOLA, Revista. Maria Montessori a médica que valorizou o aluno. Disponível em: revistaescola.abril.com.br/formação/medica-valorizou-aluno-423141.shtml?page=0. Acesso em: 19 de Set. de 2014.




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