sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PLANO DE AULA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA





ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO

CAMPO DE ESTÁGIO: ESCOLA MUNICIPAL PERALTA
TURMA: 2º PERÍODO
PROFESSORA: VALDETE
PROFª DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: VALDIRENE ALVES DE OLIVEIRA
ACADÊMICAS: MARIA DO CARMO S.V. NOVAIS
                           MARINELE LOPES DO CARMO
                           MILAINE ALVES AMARAL
                           NAYARA CRISTINA OLIVEIRA SILVA












INHUMAS
2014


PLANO DE AULA DO DIA 20/10/14
§  TEMA
Letramento e Literatura
§  JUSTIFICATIVA
A fim de atendermos às necessidades apresentadas pelas crianças no período de observação do estágio, nosso planejamento para o segundo encontro de regência no 2º período da Escola Municipal Peralta está pautado no Projeto de Estágio intitulado “Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim”, que tem como pressuposto  ir além da sala de aula no sentido de ampliar o desenvolvimento integral das crianças, através de um ambiente lúdico e desafiador que permita a exploração, favoreça a curiosidade, possibilite muitas descobertas e a troca, que promova aa construção de conhecimentos de forma significativa, interativa e inclusiva, mediante o aproveitamento, ao máximo, dos espaços oferecidos pela instituição. Todas essas premissas assentadas em uma perspectiva de letramento, no intuito de dar continuidade ao processo de construção da identidade e autonomia iniciado por elas.
A partir das necessidades que observamos é importante que exploremos o espaço que a escola tem, para que possamos ir além da sala de aula, não só no sentido de impactar a criança com os livros, brincadeiras, adivinhas e cantigas de rodas, mas  sim para tornar este contato com os livros, as palavras e a leitura divertido e agradável. Segundo Leal;Albuquerque;Leite,2005,p.117-118( apud BRANDÃO e ROSA 2011,p.57-58):
Quando cantamos músicas e cantigas de roda; ou recitamos parlendas, poemas, quadrinhas; ou desafiamos os colegas com diferentes adivinhações; estamos nos envolvendo com a linguagem de uma forma lúdica e prazerosa. Da mesma forma, são variados os tipos de jogos que fazem parte da nossa cultura e que envolvem a linguagem. Quem nunca brincou, fora da escola, do jogo da forca, ou de adedanha, ou de palavras cruzadas; dentre outras brincadeiras?
Assim, entendemos que há várias formas de  trabalhar o letramento com músicas, cantigas de rodas e entre outros. Essas brincadeiras ajudam na interação da criança, por meio da língua, além de promover a ela momentos prazerosos. É importante que essas brincadeiras sejam direcionadas e muitas estão relacionadas com a cultura em que a criança vive e aprende.
 Dessa forma, em nosso segundo momento de regência, iremos propor às crianças atividades de letramento relacionadas à literatura infantil (havia sido planejado para o primeiro encontro, mas não foi possível executar devido ao tempo) e também algumas brincadeiras de rodas e adivinhas no intuito de propiciar o desenvolvimento da interação, oralidade, vocabulário, criatividade, imaginação, inventividade, escuta, atenção, cooperação e o respeito às regras e aos colegas, correlacionados à inclusão e ao processo de construção da identidade e autonomia delas, e também, através de uma atividade envolvendo o contato com diversos materiais escritos como livros de literatura infantil, gibis, revistas, jornais e outros, para que elas possam manuseá-los de forma lúdica, prazerosa, sem restrições, explorando suas imagens, conteúdos, descobrindo o universo que eles podem lhes oferecer.
 Soares, apud Maricato, (2005, p.18) afirma: “é preciso desmanchar essa ideia do livro como objeto sagrado; é sagrado sim, mas para estar nas mãos das pessoas, ser manipulado pelas crianças”, ou seja, favorecer a aquisição espontânea do gosto e do amor genuíno pela leitura e pelos livros e estimulando a formação delas como leitores capazes de interpretar, compreender, interferir e transformar o mundo do qual fazem parte. Além de também propormos as brincadeiras e cantigas de rodas, como uma forma lúdica de trabalhar a linguagem. Também vamos propor às crianças o recreio direcionado com brincadeiras mediadas por nós, a fim de promover a sociabilidade através da interação entre as turmas, resgatar e valorizar a ludicidade.
Por fim, esperamos que nossa proposta tenha sentido e significado e possa favorecer e incentivar o desenvolvimento integral das crianças, como sujeitos de direito que acreditamos que elas são no sentido de se tornarem protagonistas de seu aprendizado e de sua formação plena para a vida.

OBJETIVOS
- Propiciar às crianças o contato e a interação com os livros e através dos livros;
- Despertar o gosto pela leitura;
- Promover o acesso à cultura letrada e a valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
- Proporcionar situações de leitura e contos compartilhados aproveitando os espaços da instituição;
- Desenvolver a autonomia, imaginação, criatividade, atenção, oralidade, interpretação, cooperação, inventividade, afetividade, interação, coordenação motora, linguagem corporal, equilíbrio, lateralidade;
- Estimular a aprendizagem de novas brincadeiras e o resgate das antigas brincadeiras de roda;
- Favorecer a sociabilidade, a compreensão de regras e o respeito ao outro.


METODOLOGIA
No dia 20 de outubro de 2014, nós, o grupo de estágio da sala do segundo período irá trabalhar com o “Pé de Quê?”, mas, antes de iniciarmos com a proposta do dia vamos ter um momento de conversa com as crianças para que elas fiquem cientes do que irá acontecer durante esta segunda feira. Após esta rápida conversa iniciaremos o “Pé de que?” No primeiro horário antes do recreio  as crianças poderão ter contato com livros e revistas utilizando o espaço externo da unidade em uma de suas árvores com o  “Pé de Quê? Queremos influenciar as crianças a gostarem de leitura e aflorarem a imaginação e criatividade através da interação entre criança-criança, criança-adulto e criança-literatura através da leitura e de nossa mediação.
Participaremos também do momento cultural e novamente vamos questionar as crianças sobre o que mais gostaram, o que já conheciam, etc.. Após a apresentação teremos o recreio que terá a participação de nós estagiários também com brincadeiras.
Após o recreio vamos propor às crianças irmos novamente para o espaço externo onde trabalharemos com cantigas de roda e brincadeiras em geral como: corre cutia, mestre mandou, amarelinha, ciranda-cirandinha, telefone sem fio, entre outras. Elas poderão ampliar sua autonomia e também a noção de respeito a regras do jogo, estimular sua coordenação motora, atenção e imaginação, sequência numérica, equilíbrio lateralidade, criatividade e linguagem oral e corporal.


           
RECURSOS
- TNT, almofadas;
- Materiais escritos diversos como livros de literatura infantil, gibis, jornais, revistas, etc;
- Elásticos;

AVALIAÇÃO:
Avaliaremos o nosso segundo dia de regência através das relações das crianças com as atividades propostas por nós (da relação criança-criança, criança-professor); respeitando o direito e a individualidade de cada uma. Contaremos como apoio para a avaliação os nossos registros escritos e fotográficos que faremos no decorrer do desenvolvimento das atividades. Também analisaremos os lados positivos e negativos da nossa prática e de como estes interferiram no percurso do planejamento. 
REAVALIANDO O DIA:
            O estágio do dia 13 de outubro de 2014 foi a primeira etapa de regência que vivenciamos na Escola Peralta. Neste primeiro dia de estágio todos os momentos foram planejados. Como nosso projeto segue na perspectiva de letramento e brincadeiras mediante o incentivo da autonomia da criança e com o aproveitamento dos espaços, tanto interno como externos, propusemos atividades em que as crianças pudessem ter contatos com os livros, através de rodas de conversas dentro da sala e de um pé de livro debaixo de uma árvore no parquinho.
Como a sala é muito pequena e como já havíamos planejado, logo que chegamos organizamos as mesas e cadeiras umas sobre as outras de maneira que abrisse um espaço para que pudéssemos forrar o chão com as colchas e os TNTs que levamos. Em seguida pedimos para as crianças que se sentassem em roda: neste mesmo instante outras integrantes do grupo estavam escrevendo em folha de papel chamex o nome de cada criança em letra bastão (a maioria das crianças está acostumada a trabalhar e ler essa letra), e em seguida escrevemos nossos nomes no quadro negro e apresentamos a elas.
Quando a roda já estava formada e organizada iniciamos a atividade com a entrega do nome escrito para cada criança na folha de chamex e perguntamos  a cada uma quais os contatos com livros que já havia tido; de qual historinha gostava mais; se conheciam diferentes objetos de leitura como revistas, jornais, gibis, entre outros. Em seguida foi apresentada a eles uma caixa surpresa onde cada um pode retirar dali um objeto e contar algo sobre ou ler e comentar quando era livro, para todos que estavam na roda. Como a temperatura do dia estava muito elevada e o ventilador da sala não estava funcionando, as crianças começaram a se dispersar do que estávamos propondo, mas com calma conseguimos com que nossa primeira proposta fosse concretizada.
Também escolhemos uma história para contar e comentar com elas, do livro “A Tartaruga e a Lebre”. Apresentamos uma bonequinha da Emília da história do “Sítio do Pica Pau Amarelo” de Monteiro Lobato e cada criança contou o que conhecia da história, dos personagens, dentre outras coisas: e em seguida criamos todos juntos uma história da Emília e do Sítio do Pica Pau Amarelo. Trabalhamos com eles palavras que começassem com a mesma letra do objeto que havia sido retirado da caixa. Logo em seguida às 15:00h  horas foi servido o lanche e depois nós os acompanhamos para o momento cultural junto de todas as outras turmas da escola, do lado de fora. Foi forrado TNT no chão, as crianças se sentaram e assistiram ao um teatro de fantoches de uma música do grupo Palavra Cantada (O Rato); elas adoraram a apresentação: algumas pediram para que apresentassem novamente. No intervalo do recreio eles brincaram livremente com as crianças das outras turmas.
Para o segundo momento, tínhamos planejado o pé de livro, mas como o tempo estava curto devido o decorrer das atividades e como para desenvolver esta proposta era preciso de mais tempo; deixamos para a próxima regência e colocamos em prática o plano “B”.
 Então os conduzimos novamente para a sala e como estava com muito calor, deixamos que eles ficassem sentados no chão, colocamos uma musiquinha bem calma e entregamos uma folha de chamex para cada criança e pedimos para que elas desenhassem e colorissem algo relacionado ao que nós havíamos trabalhado com elas.  Por fim venceu o nosso horário; algumas crianças ainda ficaram terminando de colorir o desenho com a professora regente. Algo que notamos é que eles pedem muito atividades de escrita com relação ao que estávamos propondo a eles.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. ROSA, Ester Calland de Sousa (Orgs.). Ler e Escrever na Educação Infantil: Discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, São Paulo, 2011, 2ª Ed., 189 p.


  

PLANO DE AULA


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA





ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO

Campo de estágio: Escola Municipal Peralta
Turma: 2º Período
Professora: Valdete
Profª de Estágio Supervisionado: Valdirene Alves de Oliveira
Acadêmicas: Maria do Carmo S. V. Novais
                       Marinele Lopes do Carmo
                       Milaine Alves Amaral
                       Nayara Cristina Oliveira Silva











INHUMAS
2014


PLANO DE AULA DO DIA 27/10/14
§  TEMA
Letramento, Autonomia, Espaço.
§  JUSTIFICATIVA
As ações planejadas para o terceiro encontro de regência na Escola Peralta estão pautadas no projeto “Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim” com a intenção de proporcionar experiências novas e significativas para as crianças, envolvendo o letramento com a brincadeira e o melhor aproveitamento do espaço da sala de aula, transformando-o em um ambiente propício a interações entre as turmas em forma de oficinas. Cuberes apud Vieira e Volquind (2002, p. 11) conceitua oficina como sendo:

 “um tempo e um espaço para aprendizagem; um processo ativo de transformação recíproca entre sujeito e objeto; um caminho com alternativas,com equilibrações que nos aproximam progressivamente do objeto a conhecer”.

Dessa forma, podemos dizer que as oficinas são trabalhos estruturados em grupos e centralizados em torno de questões relacionadas ao contexto social para a elaboração e construção de conhecimentos e atitudes de forma socializada, levando em consideração o conhecimento prévio que o sujeito participante possui. Assim, nas oficinas pedagógicas na educação infantil as crianças poderão, de forma contextualizada, aprender a organizar ideias, interagir, perceber o outro, se mostrar, escolher, descobrir, conhecer, se comunicar, desenvolver competências e compartilhar conhecimentos sempre dispostas a saber mais.
            Segundo Fonseca (2012, p.41): Planejar implica a organização de ambientes que garantam aprendizagens. Um ambiente é composto por espaço, tempo, interações, materiais e sua organização, que sempre revela uma concepção de infância, criança, homem e mundo. Nesse sentido, pretendemos organizar o espaço da sala do 2º período para uma oficina de culinária a fim de propiciar aprendizagens coletivas relacionadas ao letramento interagindo as crianças, de forma divertida e prazerosa, com as práticas de comunicação da leitura e escrita, através da criação de uma receita fácil de preparar e com um texto apropriado e dentro do contexto delas, mediante o propósito leitor de mostrar a elas a leitura e escrita de uma das diversas formas textuais com as quais elas irão se deparar durante sua formação e em sua vivência diária. Dessa forma vamos mediar, como escribas, a produção do texto da receita que as crianças irão produzir de forma ativa e autônoma, no intuito de permitir que elas fixem sua atenção nos aspectos ligados ao conteúdo, organização das ideias, estrutura, funcionamento, linguagem e gênero do texto, a fim de proporcionar significativamente algum avanço no processo de apropriação do sistema alfabético. Assim, segundo Costa Val, (1991 apud GiRÃO e BRANDÃO), nessa perspectiva, o texto não é visto como um instrumento acabado, concluído, mas como uma “ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal”, o que possibilitará que a construção do conhecimento realizada pelas crianças se dê de forma sociointerativa, criativa e dialógica entre elas e delas com o texto.
Portanto, articular teoria e prática é um desafio, principalmente com crianças, pois sabemos que entre pensar e fazer algo há uma distância a ser vencida e isso pode parecer complexo de se realizar na educação infantil. Contanto, Paviani, 2009, vem dizer que “um dos caminhos possíveis para a superação dessa situação é a construção de estratégias de integração entre pressupostos teóricos e práticas, o que, fundamentalmente, caracteriza as oficinas pedagógicas". Sendo assim podemos dizer que o trabalho pedagógico realizado em forma de oficinas é uma oportunidade para interagir turmas diferentes, criança/criança e criança/adulto, onde todos os envolvidos poderão vivenciar situações práticas e significativas de articular e incorporar simultaneamente reflexão e ação, e, também apropriar a construção coletiva de saberes
Esperamos que nossa proposta proporcione experiências estimulantes da curiosidade e do interesse das crianças aproximando-as de atos de leitura e escrita, possibilitando seu desenvolvimento comunicacional integral, ampliando seus conhecimentos e suas competências para que estejam sempre abertas ao novo e ao diferente e em sintonia com o futuro preparadas pelo presente.

§  OBJETIVOS
- Propiciar às crianças o contato com a leitura de forma dinâmica e real;
- Despertar o gosto pela leitura, através de receitas do dia-a-dia;
- Proporcionar situações de leitura diferenciadas, através dos nomes das frutas e de  receitas;
- Desenvolver a autonomia, imaginação, criatividade, atenção, oralidade, interpretação, cooperação, inventividade, afetividade, interação, coordenação motora, linguagem corporal, equilíbrio, lateralidade;
- Estimular a aprendizagem através de situações do cotidiano;
- Favorecer a sociabilidade, a compreensão de regras e o respeito ao outro.
METODOLOGIA
No dia 27 de outubro de 2014, nós, o grupo de estágio da sala do segundo período irá trabalhar com a “Oficina de culinária”, mas, antes de iniciarmos com a proposta do dia vamos ter um momento de conversa com as crianças para que elas fiquem cientes do que irá acontecer durante esta segunda-feira. Após esta rápida conversa iniciaremos a “Oficina”. No primeiro horário antes do recreio irão participar três salas para a realização das oficinas dividiremos cada grupo de uma sala por cores para que haja uma maior organização e para que todos participem. As crianças  poderão ter contato com as frutas, além de juntamente conosco fazer uma saborosa salada de frutas. Queremos influenciar as crianças a gostarem de leitura através de receitas, além de conhecer as frutas que estão presentes no seu dia-a-dia e também aqueles que muitos nem conhecem. Também almejamos aflorar a imaginação e criatividade das crianças mediante a interação entre criança-criança, criança-adulto e criança-leitura, através da  nossa mediação.
Participaremos também do momento cultural com a apresentação do teatro sobre a obra “A Dona Baratinha” de Ana Maria Machado. Após a apresentação teremos o recreio que terá a participação de nós estagiários também com brincadeiras.
Após o recreio iremos continuar com a “Oficina de culinária”.

           
RECURSOS
- TNT;
- Frutas diversas;
-Talheres apropriados;
-Copos e colheres descartáveis;
- Quadro e giz;
§  AVALIAÇÃO
                Avaliaremos nosso terceiro dia de regência através da interação das crianças com as atividades propostas, ou seja, como estas se relacionaram umas com as outras e como será a participação no desenvolvimento da receita e a relação com as crianças das outras turmas. Como apoio para nossa avaliação, contaremos com os registros escritos e fotográficos que faremos, além disso, respeitaremos a individualidade e a autonomia de cada criança. Levaremos em consideração a nossa prática, visto que esta também interfere no desenvolver das atividades com as crianças.

§  REAVALIANDO O DIA:
            O estágio do dia 20 de outubro de 2014 foi a segunda etapa de regência que vivenciamos na Escola Peralta. Neste segundo dia de estágio todos os momentos foram planejados. Como nosso projeto segue na perspectiva de letramento e brincadeiras, incentivamos a autonomia da criança e o aproveitamento dos espaços tanto interno como externos. Propusemos atividades em que as crianças puderam ter contatos com os livros e brincadeiras, através de rodas de conversas e de um pé de livro debaixo de uma árvore no parquinho e de brincadeiras com cantigas de roda.
            Levamos colchas de retalhos e tapetes de TNT e algumas almofadas para colocar no chão debaixo da árvore onde montamos o “Pé de Livro”. Dependuramos vários livros de diferentes histórias nos galhos das árvores e colocamos alguns sobre as colchas e o TNT. Como nem tudo sai da maneira que planejamos, neste dia houve um pequeno problema que foi o de termos esquecido o elástico que usaríamos para dependurar os livros e que sem ele tivemos que usar uma fita adesiva o que fez com que a proposta não saísse com o efeito que havíamos planejado; mas tudo ocorreu bem.
            Enquanto duas integrantes do grupo arrumava o “Pé de Livro” outras duas estavam na sala com as crianças apresentando e comentando sobre o desenho que elas ficaram terminando de fazer na aula anterior. Em seguida  as crianças forma convidadas para o parquinho onde estava montado o “Pé de Livro”. Elas ficaram encantadas com todos aqueles livros dependurados e logo foram “colhendo” seus livros e folheando, lendo, mostrando aos colegas e pedindo para que nós contássemos à história que havia ali.
            Também trabalhamos a contação de historia onde uma das integrantes do grupo contou a historia da Menina Bonita do Laço de Fita; teve até personagens no decorrer da história. As crianças adoraram. Perguntamos se eles já conheciam a história que havia sido contada e alguns disseram que sim, mas que não se lembravam de como era. Depois deste momento riquíssimo com as crianças tivemos que voltar para a sala para servir o lanche. Depois fomos para o momento cultural onde outro grupo de estágio cantou e dançou com todas as crianças juntas.
             Tivemos um intervalo para o recreio que foi acompanhado por todos os grupos de estágios e algumas professoras que nos ajudaram a organizar as crianças para brincarem no parque. Assim que terminou o recreio fomos brincar com cantigas de rodas com as crianças da nossa sala. A maioria delas não sabia e nem conhecia as cantigas que cantamos. Este segundo dia de estágio foi bastante proveitoso e as crianças aproveitaram bem mais que no primeiro. Além disso, não ficaram presas a escolarização como no anterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. ROSA, Ester Calland de Sousa (Orgs.). Ler e Escrever na Educação Infantil: Discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, São Paulo, 2011, 2ª Ed., 189 p.
FONSECA, Edi. Interações: com olhos de ler: apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da Educação Infantil.  Coordenado por Josca Ailine Baroukh. Organizado por Maria Cristina Carapeto Lavrador Alves.São Paulo: Blucher, 2012. p.41.  
VIEIRA, Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2002. p.







sábado, 18 de outubro de 2014

Texto Crianças Brincando de Anita Wadley


 Crianças brincando...
(Anita Wadley)

Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos,

Por favor, não diga que estou apenas brincando.

Porque enquanto brinco estou aprendendo

Sobre equilíbrio e formas.

Quando estou me fantasiando,

Arrumando a mesa e cuidando das bonecas,

Por favor, não fique com a idéia que estou apenas brincando.

Porque enquanto brinco estou aprendendo.

Eu posso ser mãe ou pai algum dia.

Quando estou pintado até os cotovelos,

Ou de pé diante do cavalete ou modelando argila,

Por favor, não me deixe ouvir você dizer: ele está apenas brincando.

Porque enquanto brinco estou aprendendo.

Estou me expressando e criando.

Eu posso ser um artista ou um inventor algum dia.

Quando você me vê sentado numa cadeira

Lendo para uma platéia imaginária,

Por favor, não ria e pense que eu estou apenas brincando

Porque enquanto brinco estou aprendendo.

Eu posso ser um professor algum dia.

Quando você me vê procurando insetos nos arbustos,

Ou enchendo meus bolsos com todas as coisas que encontro,

Não jogue fora como se eu estivesse apenas brincando

Porque enquanto brinco estou aprendendo.

Eu posso ser um cientista algum dia

Quando estou entretido com um quebra-cabeça,

Ou com algum brinquedo na minha escola,

Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras

Porque enquanto brinco estou aprendendo

Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas.

Eu posso estar numa empresa algum dia.

Quando você me vê cozinhando ou experimentando alimentos,

Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira.

Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber diferenças.

Eu posso ser um “chef” algum dia.

Quando você me vê aprendendo a pular, saltar,

Correr e movimentar meu corpo,

Por favor, não diga que estou apenas brincando

Eu estou aprendendo como meu corpo funciona.

Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.

Quando você me pergunta o que eu fiz na escola hoje,

E eu digo, eu brinquei,

Por favor, não me entenda mal.

Porque enquanto eu brinco estou aprendendo.

Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.

Eu estou me preparando para amanha.

Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.

  
Texto compartilhado do ESPAÇO EDUCAR 
http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br/

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O casamento da Dona Baratinha



PROJETO DE TRABALHO

PARA ALÉM DA SALA DE AULA:
Descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim.

*Projeto de trabalho da disciplina: Estágio Supervisionado e Docência na Educação Infantil I do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás, UnU Inhumas orientado pela professora Ms. Valdirene Alves de Oliveira.
Acadêmicas:
Maria do Carmo Souza Vieira Novais
Marinele Lopes do Carmo
Milaine Alves Amaral
Nayara Cristina Oliveira Silva


INTRODUÇÃO
Durante o primeiro semestre do nosso curso em 2014, em nossas aulas de estagio tivemos a oportunidade e o privilégio de conhecer, estudar, debater e refletir sobre a obra de vários teóricos - como Barbosa e Horn, Ostetto, Rosa e Lopes, Pimenta e Lima, Nono, Zanini e Leite, Tristão, Alves, Farias, entre outros, que escreveram suas perspectivas sobre a educação infantil, as práticas de estágio, a formação profissional docente, tipos de planejamento e registro, etc. - em um processo de construção, desconstrução e reconstrução de conhecimentos contínuos acerca das teorias e práticas pedagógicas da educação. Sendo estes momentos de grande aprendizado, muito contribuíram para o enriquecimento de nossos saberes e para a preparação e postura, em prol nossa formação profissional.
Outro momento importante para nossa formação foi a Semana de Integração realizada pela Universidade, pois o tema escolhido para ela - Educação e linguagem: novos olhares, novas possibilidades de ensino - nos ofereceu a oportunidade de participar de GTs, palestras, minicursos e outros, que nos trouxeram novos conhecimentos e informações pertinentes ao momento que estamos vivendo no estágio. O GT em educação infantil, conduzido pelas professoras de estágio Lindalva Pessoni e Valdirene A. Oliveira, foi de relevada importância e muito contribuiu para a nossa formação, pois nos apresentou a oportunidade de conhecer duas realidades diferentes de instituições de educação infantil pública de Goiânia que trabalham com projetos. Sendo assim, nos mostraram como realizam sua prática docente com o envolvimento de todos os segmentos da instituição, usando de criatividade ao aproveitar os espaços e apontando como concebem a situação da direção, coordenação e docência mediante o trabalho com os mesmos, tendo como ponto essencial para a prática docente infantil a observação e atenção para a motivação, a sensibilidade para a reflexão no processo, o reencantamento para a parceria, a participação da produção de conhecimentos para a retomada e cuidado teórico, para assim não perder a intencionalidade pedagógica e oferecer uma educação de qualidade às crianças das instituições.1
Reconhecemos que durante o decorrer desse semestre outros currículos, por nós estudados como: Propostas Curriculares e Metodológicas em Educação Infantil, Processos do Ensino de Língua Portuguesa, Política da Educação Básica, etc., contribuíram, em seus conteúdos e temas abordados, significativamente, de forma articulada, para acrescentar subsídios relevantes em nossa preparação para o estágio, nos proporcionando maior embasamento teórico, novas ideias e o amadurecimento necessário a nossa formação prática.
A proposta apresentada a nossa turma de estagio, foi a de visitar e observar a rotina de três instituições de educação infantil da cidade de Inhumas, onde duas das instituições são CMEIs sendo eles: *CMEI “A”, *CMEI “B” e a *Escola Municipal “C”.
Para iniciar o estágio foi proposta a formação de grupos de quatro acadêmicos por turma para realizar a observação, sem dispensar o apoio sutil às professoras das instituições, a partir de suas necessidades e das próprias crianças, em três encontros presenciais em cada unidade. Ficou estabelecido também que, após cada dia de estágio, nos encontraríamos na Universidade para a socialização das observações realizadas por cada grupo nas instituições e para a aula teórica, orientação e apresentação dos trabalhos realizados.
A primeira instituição observada foi a “A”, que possui um espaço e estrutura física, excelentes. As crianças do berçário nesta instituição nos receberam com alegria e prazer. Elas são receptivas, comunicativas, ativas, curiosas e abertas à interação. Demonstraram necessidades e interesses relacionados à brincadeira e a um maior contato com os adultos e outras crianças e, também, interesse em explorar o espaço externo ao ambiente do berçário. No entanto, percebemos que mesmo com uma estrutura e espaço amplo e propício a diversas e variadas possibilidades de construção do conhecimento, a prática das docentes da instituição segue uma rotina estabelecida centrada no cuidar, em detrimento do educar a partir da percepção das necessidades e interesses demonstrados pelas crianças, limitando o desenvolvimento integral delas.
A segunda instituição na qual estagiamos foi a “C”, que possui estrutura física e espaço limitados. Nossa observação dessa vez foi realizada em uma turma de segundo período com crianças na faixa etária entre cinco e seis anos de idade. As crianças dessa turma nos receberam de forma receptiva e com simplicidade. Elas são espertas, interessadas, participativas, curiosas, comunicativas e apreciam a música e gostam de argumentar com a professora. Nessa turma, destacamos a presença de uma criança com necessidades educativas especiais que nos surpreendeu ao demonstrar sua necessidade e alegria por uma maior interação com a turma. Percebemos em nossas observações que embora a professora incentive a independência, a autonomia e a interação das crianças, existem algumas limitações, como o fato do planejamento ser pautado em datas comemorativas, o fato delas não poderem manusear os livros literários presentes no Cantinho de Leitura da sala, o fato de que em relação ao espaço, elas são impedidas de explorá-los, de forma que alguns nem são utilizados para as brincadeiras e também o despreparo em relação à inclusão de crianças com NEE.
A terceira instituição observada foi a “B”, que também possui estrutura física e espaço limitados. Nossa observação foi realizada no berçário que possui 19 crianças em uma faixa etária que varia entre seis meses e um ano e meio de idade. Ao perceberem nossa presença as crianças reagiram de forma diversa, algumas interagiram bem conosco com sorrisos, gestos, balbucios, outras estranharam nossa presença e começaram a chorar agitadas, apenas em nosso terceiro dia de encontro elas nos receberam mais tranquilas, algumas chegando a manifestar alegria ao nos reconhecer. Elas possuem perfis mais variados, algumas são comunicativas, curiosas, alegres, interativas, outras são mais introvertidas, sérias e discretas. As educadoras nessa instituição são mais focadas em ações voltadas para o cuidar, deixando a desejar o educar. Ao observar a rotina da instituição, percebemos algumas necessidades apresentadas pelas crianças, como: ambiente organizado de forma mais pedagógica para o melhor aproveitamento e a exploração do espaço que é limitado, ludicidade, interação criança-criança, criança-educadora e criança com outras turmas, atenção em relação aos cuidados, podendo estes serem mais individualizados e práticas pedagógicas bem planejadas voltadas para o educar.
Em todas as instituições percebemos a prática docente estagnada num contexto antigo e tradicional, que não percebe o potencial que as crianças possuem para o aprendizado e formação integral como sujeitos ativos, reflexivos e atuantes em seu meio. Observamos a desvinculação do brincar, cuidar e educar. Em cada unidade foram observadas necessidades diferentes, porém também necessidades gritantes parecidas, como a melhor utilização e aproveitamento dos espaços para uma prática pedagógica diferenciada.
Em uma visita campo à Creche UFG em Goiânia, observamos e comprovamos que é possível praticar a educação diferenciada que nos foi apresentada pelos teóricos em suas perspectivas. Nesta instituição, o tripé brincar, cuidar, educar é realizado de fato, lá tudo é pensado e organizado em função da criança e de forma proporcional a ela, respeitando e promovendo o desenvolvimento integral das mesmas, de forma autônoma, considerando a cultura, o contexto e as especificidades da infância.
Diante de toda a cultura que mobiliza a escola, é necessário que o estagiário possa entendê-la como um grupo social interativo, no qual acontece o fenômeno educacional em suas contradições e possibilidades. (FOURQUIN, 1993, p.10, apud LIMA, 2008, p.199)
Partindo da afirmação acima podemos dizer que os campos de estágio se mostraram para nós como um grande desafio, com suas contradições e inúmeras possibilidades, para colocarmos em prática a construção de nossa identidade profissional, através da observação, reflexão, análise partilhada, compreensão e concretização de nosso projeto, de como é e pode ser realizada a prática educativa.
O presente projeto de trabalho intitulado, “Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim”, onde temos por tema a ideia de ir além da sala de aula e através do qual delimitamos para um espaço de educar e cuidar na perspectiva de letramento na Educação Infantil trata-se de um processo que caminha do plano individual interno – relações intrapessoais, para o plano social – relações interpessoais, a fim de possibilitar a troca e a internalização da construção de aprendizagens significativas para as crianças, a partir da interação e inclusão, aproveitando ao máximo os espaços oferecidos pelas instituições.

PROBLEMÁTICA

  • Como colaborar para que as crianças da educação infantil sejam letradas, num espaço e ambiente propicio, respeitando suas individualidades, unindo o cuidar, brincar e educar de forma que elas se desenvolvam de forma lúdica, interativa e prazerosa, sem a perspectiva de alfabetização antes do momento certo?

OBJETIVO GERAL DO PROJETO:

O projeto “Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim,” tem por objetivo geral: ampliar o desenvolvimento integral das crianças, através de um ambiente desafiador, que permita a exploração livre, favoreça a curiosidade e possibilite muitas descobertas, em todas as instituições campo de estágio.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO:

  • Incentivar o letramento das crianças, a partir de situações simples e cotidianas, como as brincadeiras e o contato com livros de literatura infantil, em um ambiente que propicie a experimentação e a interpretação.
  • Explorar ao máximo os espaços internos e externos da sala de aula para desenvolver as brincadeiras e a interação entre as crianças de diferentes idades incluindo as com necessidades especiais e, entre adulto e criança, valorizando os espaços, a liberdade e conhecimentos prévios para inovar a aprendizagem, estimular a construção da identidade e autonomia, criar vínculos e estabelecer condições para o convívio social.
  • Considerar a criança como sujeito histórico-cultural, capaz de assimilar saberes, agindo e reagindo no meio social em que vive, num processo de construção, desconstrução e reconstrução de si mesma.

JUSTIFICATIVA
Este projeto visa atender ao público da educação infantil a partir da perspectiva de letramento tanto para o berçário, quanto a pré-escola, respeitando a individualidade de cada criança e aproveitando ao máximo os espaços de cada instituição campo de estágio. Segundo Barbosa e Horn, (2008, p.31):
Um projeto é uma abertura para possibilidades amplas de encaminhamento e resolução, envolvendo uma vasta gama de variáveis de percursos imprevisíveis, imaginativos, criativos, ativos e inteligentes, acompanhados de uma grande flexibilidade de organização. Os projetos permitem criar, sob forma de autoria singular ou de grupo, um modo próprio para abordar ou construir uma questão e respondê-la.
Assim, com esse projeto acreditamos na possibilidade de inovarmos e apresentarmos a esse público, uma visão além do que lhes é oferecido, trazendo às crianças momentos nos quais elas possam perceber suas particularidades e ao mesmo tempo a sua relação com o outro através da interação, além de promover a construção da identidade e autonomia, desenvolvendo a flexibilidade, o diálogo, a interpretação, organização, capacidade de negociação e decisão, autoconfiança, criatividade, coordenação, cooperação, etc.
Através dos projetos de trabalho, pretende-se fazer as crianças pensarem em temas importantes do seu ambiente, refletirem sobre a atualidade e considerarem a vida fora da escola. Eles são elaborados e executados para as crianças aprenderem a estudar, a pesquisar, a procurar informações, a exercer a crítica, a duvidar, a argumentar, a opinar, a pensar, a gerir as aprendizagens, a refletir coletivamente e, o mais importante, são elaborados e executados com as crianças e não para as crianças. (BARBOSA E HORN, 2008, p.34)
Durante as observações nas instituições campo de estágio, notamos que o espaço externo não é utilizado e quando utilizado não é para o desenvolvimento de uma atividade planejada que vise o desenvolvimento das crianças através de uma prática pedagógica diferenciada, para além do tradicionalismo muita das vezes arraigado nas instituições de educação infantil.
Desse modo é de extrema relevância apontarmos aqui que não é somente o espaço limitado das salas de aula ou das atividades propriamente ditas que devemos considerar e ou tão somente os modos de organizá-los. Todos os espaços das instituições de educação infantil são “educadores” e promovem aprendizagens (hall de entrada, biblioteca, banheiros, cozinha, corredores, pátios e etc.) na medida em que, devido as suas peculiaridades, promovem o desenvolvimento das múltiplas linguagens infantis. (BARBOSA E HORN, 2008, p.50-51)
Com isso pautamos nossas discussões a partir de um propósito de ir para além dos espaços de sala de aula, utilizando a literatura infantil, a brincadeira e a interação criança-criança e criança-adulto. Observamos no primeiro semestre que as crianças apresentaram necessidades primordiais da Educação Infantil, ou seja, brincar, explorar espaços internos e externos à sala de aula, tendo em vista o seu desenvolvimento.
O espaço tem intenção. Ele orienta a ação. Ao entrarmos em um espaço bagunçado, ele nos convida de determinada maneira. Um lugar cuidado, preparado, nos convida de outro jeito. É preciso que as crianças desfrutem dos espaços da escola sem muitas restrições, de maneira respeitosa, como brincantes que são. (BARBIERE, 2012, p.49).
Partindo dessa afirmação compreendemos que o espaço deve possuir um ambiente adequado para que a realização das atividades com as crianças interferiram positivamente nas ações delas diante das propostas realizadas naquele espaço.
Nos anos iniciais da infância a criança tem a necessidade de pegar o livro, explorar suas imagens, descobrir o universo que aquele livro pode lhe oferecer, sem restrições, pois ela precisa se sentir à vontade com o livro e não oprimida pelo medo de danificá-lo. Neste sentido, Soares (apud MARICATO, 2005, p.18) afirma que é preciso desmanchar essa ideia do livro como objeto sagrado; é sim sagrado, mas para estar nas mãos das pessoas, ser manipulado pelas crianças.
O mesmo acontece em relação à brincadeira. As crianças têm o direito de brincar e a partir do resgate de brincadeiras pode-se propor uma maior interação entre o brincar, cuidar e educar.
É importante que o educador observe do que as crianças brincam como estas brincadeiras se desenvolvem o que mais gostam de fazer, em que espaço preferem ficar, o que lhes chama mais atenção, em que momentos estão mais tranquilos ou mais agitados. Este conhecimento é fundamental para que a estruturação espaço- temporal tenha significado. (BARBOSA e HORN, 2001, p.67)
O educador é uma peça importante nas realizações de atividades e brincadeiras com as crianças, cabe a ele ser companheiro delas na caminhada de descobertas, prepará-las para explorar o mundo no qual estão inseridas, possibilitar diversas experiências envolvendo tudo ao seu redor, favorecer a ampliação de suas competências e estimular o processo de maturação em todos os aspectos. Vemos aí uma oportunidade para que haja o letramento na Educação Infantil de forma a contribuir para aquisição da autonomia e identidade da criança em interação com o outro. Segundo Coelho, (2010, p.79):
O letramento começa muito antes de a criança pegar um lápis ou conhecer as letras e as formas de escrever. A partir de suas vivências cotidianas com a família, com a sociedade ou com seus pares, os pequenos participam de tal prática de maneira intensa, através de situações diversificadas e no contato com materiais escritos em lugares diversos e de variadas formas.
Para uma criança ser letrada necessariamente não precisa estar sendo alfabetizada, a todo o momento estamos envoltos em uma sociedade em que a leitura e a escrita são constantemente utilizadas, portanto desde muito cedo ela entra em contato com esse mundo. Segundo Paulo Freire 2005 p.11, “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Assim podemos englobar o letramento em ambas as situações tanto para o berçário quanto para a pré-escola.
Hall Nigel (2006, p.136), no livro “A excelência do brincar”, afirma: o brincar buscando em experiências da vida real oferece oportunidades valiosas para as crianças experimentarem e utilizarem explicitamente o letramento de muitas maneiras diferentes e válidas.
Dessa forma é preciso que os professores promovam situações de brincadeiras espontâneas em ambientes lúdicos e divertidos com materiais impressos diversificados como revistas, livros de historias, panfletos, cartazes, embalagens, gibis, jornais, etc., contextualizando-os com intencionalidade de maneira natural e lúdica, proporcionando à criança o contato e a vivência do letramento, de forma real e significativa.
No berçário e na pré-escola, o espaço a ser trabalhado deve ser significativo, proporcionar momentos de interações, em que as crianças desenvolvam as suas capacidades, mas que também explorem o espaço que lhes é oferecido, considerando as necessidades de cada criança. Segundo Agostinho (apud MARTINS FILHO, 2005, p.65):
Coletivamente temos de fazer o esforço de pensar formas genuínas de as crianças participarem, interferirem, influenciarem no espaço da instituição de educação infantil, para que possamos oportunizar lhes efetiva participação, contando com suas contribuições para enriquecermos os espaços destinados à educação da infância com imaginação, inventividade e ludicidade próprias das mesmas. A apropriação do espaço pelas crianças supõe que estas possam colocar suas marcas, alterá-lo, transformá-lo, imprimindo seus registros nas paredes, portas, janelas, tetos, chão, por toda a instituição, personalizando-a.
É preciso que o espaço da instituição seja melhor aproveitado, assim o professor deve planejar as atividades a serem trabalhadas propiciando momentos de estímulo, brincadeiras e enriquecimento às crianças. Para que estas desenvolvam as capacidades afetivas, a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem.
A partir de estudos houve a percepção da importância do brincar junto a Educação Infantil, unido com o cuidar e educar fundando o tripé da mesma, partindo de situações de aprendizagem onde o brincar, cuidar e educar estejam envolvidos, a utilização dos espaços se dará de maneira divertida e muito prazerosa.
Segundo Mendes, 2001, p. 11, “... o brincar, para a criança, é uma forma básica de expressão, parte integrante do fazer e do viver. Por meio da brincadeira, ela estabelece suas primeiras relações com o mundo, com a realidade”. Logo o brincar se faz fundamental na Educação Infantil, sendo assim uma forma de interagir a realidade e a imaginação, levando-as ao mágico mundo do aprendizado, em que tudo é uma brincadeira muito rica.
Neste ponto observamos falhas em ambas as instituições, não há tempo para o brincar. O foco é o cuidar e em uma das instituições esse aspecto é o norteador das atividades desenvolvidas. Em ambas não há uma correlação, nas atividades que foram observadas por nós, que gerou estudos como sobre a junção da teoria e prática, cuidar e educar, espaço e tempo. Percebemos que não é menos importante o brincar, tanto para as crianças do berçário quanto para as crianças do segundo período na pré-escola.
Diante disso e preciso tratar o brincar de forma que essas brincadeiras estejam envolvidas com o desenvolvimento da identidade e autonomia da criança.
A escola é lugar privilegiado para que as crianças aprendam a construir sua identidade de gênero (como menino ou menina), ou como membro de grupos sociais variados (religiosos, étnico, raciais, etc.) e também uma autoestima positiva que integre suas experiências. Algumas atividades podem ampliar e facilitar o processo de construção das identidades infantis. (OLIVEIRA, (org.) 2012, p.173)
O educador voltado para a Educação Infantil precisa propor ações que incentive a aquisição da identidade partindo de atitudes relativamente simples não se esquecendo que cabe ao professor criar um repertorio criativo com brincadeiras e atividades significativas que venham a facilitar a construção da identidade das crianças e ao mesmo tempo incentivando a sua autonomia.
O espaço e a linguagem devem ser trabalhados em conjunto, mediante o planejamento, o educador tem o papel de ser um grande mediador do conhecimento, Rosa e Lopes (apud S. THIAGO 2000, p.60) dizem:
(...) mediador entre o conhecimento e o desconhecido, não mais um centralizador, mas aquele que, coordenando situações e atividades, ouve as múltiplas linguagens que expressam pensamentos, sentimentos, conhecimentos. Alguém que brinca junto sugere brincadeiras, dá significado as ações e experimentações das crianças. E observar, ouvir, perceber as expressões e linguagens que as crianças revelam não é tarefa fácil, não!
Assim, para esse projeto, pensamos como deve ser nossa postura de mediadoras na construção de conhecimentos diante das múltiplas linguagens que as crianças irão expressar no desenvolvimento das atividades propostas. É preciso que sejamos capazes de entender e falar várias linguagens como as crianças, sabendo interagir, intervir e trabalhar com os desafios que surgirão decorrente das atividades realizadas.
A inclusão de criança com NEE na Educação Infantil é uma prática nova. Neste contexto, podemos dizer que ela é possível, porém é um caminho repleto de desafios a se percorrer, assim sendo, eles devem ser enfrentados com conhecimento, determinação e paciência, através de formação contínua do docente, de forma que possibilite uma prática adequada que venha ao encontro das necessidades reais da criança.
Os defensores da Inclusão acreditam que em se tratando de crianças com deficiência as instituições de educação infantil são espaços privilegiados onde a convivência com adultos e outras crianças de varias origens, costumes, etnias, religiões, possibilitará o contato desde cedo com manifestações diferentes daquelas que a criança vivencia em sua família ou num ambiente segregativo, permitindo-lhe, assim as primeiras percepções da diversidade humana (ARNAIS, 2003, p.9-10).
Nesse sentido, é importante que a Educação Inclusiva de fato contribua para a aceitação e o respeito às diferenças, à diversidade e que as atividades planejadas incluam as crianças de forma que elas possam se sentir inseridas no contexto escolar e participantes ativas desse meio, capazes de realizar, mesmo com alguma limitação, o que lhes for proposto em suas aprendizagens. Dessa forma:
A escola que trabalha na perspectiva inclusiva é a que acolhe a todos sem mecanismos de seleção ou discriminação, garantindo o acesso e a permanência do educando por meio da educação de qualidade, sendo essa a função de todas as escolas. Por outro lado, inclusão não é somente sinônimo de acesso e permanência na escola. Incluir significa possibilitar as aprendizagens de todos, considerando suas trajetórias, vivências, dificuldades e avanços. Cabe ao coletivo de profissionais da escola, principalmente, os professores, estarem qualificados por meio de formações contínuas, criarem situações articuladas favoráveis à inclusão de todos e receberem orientações específicas para a prática pedagógica. (ALMEIDA, TOFOLI, OLIVEIRA, 2014, p.7)
A inclusão social começa com a atitude do professor, que deve considerar a criança como sua responsabilidade, para assim poder interagir, se comunicar com ela e conhecer a sua condição, seu histórico de vida, para lhe oferecer um espaço rico em possibilidades para o desenvolvimento de suas potencialidades, mas também depende de todo coletivo escolar, a partir das qualificações e práticas relacionadas à inclusão que priorizem o que a criança pode desenvolver durante o seu processo de construção de saberes e valores.
Acreditamos na criança como sujeito de direitos e que a educação infantil serve para dar oportunidades a ela, de ampliar o seu mundo de maneira simples, partindo de sua curiosidade, questionamento, interesses e necessidades reais, ao compartilhar situações da vida diária com ela. Assim neste processo de construção de aprendizado entre as crianças e nós, podemos compreender que é possível utilizar pequenos espaços de maneira criativa e com fundamento pedagógico interagindo tanto o tempo e o espaço, o brincar-cuidar-educar, de modo em que possamos incluir todas as crianças com suas particularidades aonde a aquisição da identidade e autonomia seja realizada de modo interativo e satisfatório para todos os envolvidos.



METODOLOGIA
Sendo o planejamento por datas comemorativas o que mais vimos nas instituições campo de estágio, realizaremos nosso projeto, buscando planejar as atividades de uma forma diferente, em que não fique tão forte a presença deles, que segundo Ostetto, (2002, p.182): “Massifica e empobrece o conhecimento, além de menosprezar a capacidade da criança de ir além daquele conhecimento fragmentado e infantilizado”.
Assim iremos trabalhar contextualizando nossas atividades, sem perder o foco do tripé da Educação Infantil “cuidar-brincar-educar”, e para alcançar os objetivos almejados lançaremos mão do letramento a partir de situações rotineiras, porém planejadas pedagogicamente, explorando os espaços internos e externos existentes nas instituições, de forma interativa e inclusiva, tornando-os mais atrativos e enriquecedores principalmente para as crianças, e também para os docentes e toda a comunidade escolar.
(...) as crianças bem pequenas necessitam de um modo muito específico de organização do trabalho pedagógico e do ambiente físico. [...] Nessa faixa etária, é fundamental considerar que as coisas importantes da vida a serem descobertas e conhecidas são a procura do olhar, o ser correspondido, o sorrir, a conversa (seja ela qualquer tipo de relação vocal), o tocar(contato motor), o contato físico, a retenção de um objeto(dar, oferecer), o imitar, o esconder, os jogos de linguagem, os jogos de manipulação, as músicas, as saídas para o espaço externo, as festas, a vida em grupo. (BARBOSA E HORN, 2008, p.72)
Portanto nas instituições “A” e “B” com as crianças menores, buscaremos trabalhar em espaços internos e externos por considerarmos que eles são provocadores de aprendizagens; o movimento e as diferentes linguagens, envolvendo a música que favorecerá a construção da linguagem expressiva e simbólica; a contação de histórias que possibilitarão uso da imaginação, criatividade, atenção, memória; o desenvolvimento da identidade e da autonomia considerando as crianças como seres com vontade própria, capazes e competentes para construir conhecimentos; a criação de vínculos através de brincadeiras em que aprenderão a respeitar o outro e aprender as regras de convivência em sociedade, imprimindo, assim, em nossa ação pedagógica a possibilidade de superação da dicotomia entre o cuidar e educar.
Segundo Barbosa e Horn, (2008, p. 80):
A segunda infância, (...), é caracterizada por ser um momento importante na formação da criança. Nesse período, elas têm aumentadas as suas motivações, seus sentimentos e seus desejos de conhecer o mundo, de aprender.
Na instituição “C”, pré-escola, com as crianças maiores desenvolveremos aulas com a utilização, também, do espaço interno e externo como um educador auxiliar aliado; envolvendo o lúdico na literatura, a partir da qual, as crianças poderão se interessar em contar suas próprias histórias e vivências, aprendendo assim a organizar o pensamento e coordenar as ideias; as múltiplas linguagens em rodas de conversas que irá favorecer o diálogo, a autoridade, a formação de grupos, a partilha e a afetividade; recreios dirigidos com brincadeiras que promovam a interação entre as turmas, incluindo em todas essas atividades as crianças com necessidades educativas especiais, desenvolvendo-as de forma aberta, diversificada e flexível. Assim a inclusão acontecerá naturalmente e será benéfica para todas as crianças e também adultos, que passarão a reconhecer e respeitar as diferenças sem discriminação e preconceito.
Essa visão de organização do trabalho pedagógico considera as crianças como co-autoras do seu processo de aprendizagem, tirando- as do lugar de passividade que a escola as têm colocado para um papel ativo e participativo. (BARBOSA E HORN, 2008, p. 84)
Podemos então dizer, que a proposta de nosso projeto, é ir ao encontro do processo de aprendizagem das crianças para oportunizar alguns elementos em prol da ampliação dos conhecimentos e das possibilidades para a formação de sujeitos ativos, participantes e engajados na sociedade da qual fazem parte.

AVALIAÇÃO
Sabemos que o conhecimento de uma criança é construído em movimentos de idas e vindas, assim o trabalho com projetos possibilita observar, acompanhar e compreender o dinamismo no desenvolvimento infantil e avaliar a criança em seu processo de aprendizagem durante todo o percurso realizado, mediante o registro diverso de todas as atividades propostas.
Os procedimentos que utilizamos para avaliar nossos alunos em sala de aula revelam nossas concepções sobre a aprendizagem, a infância e a educação, expondo, assim, os modelos teóricos que nos apoiam. (BARBOSA e HORN, 2008, p.97)
Assim, vamos propor para o projeto “Para além da sala de aula: descobrindo o que há em mim e fora de mim”, que o mesmo seja avaliado de formas diferentes dependendo da instituição campo de estágio.
  • CMEIs: ao final da execução do projeto, vamos propor que as professoras avaliem se foi proveitoso para o dia-a-dia do grupo berçário;
  • Escola: o projeto terá sua avaliação, a partir de uma roda de conversa com as crianças do segundo período;
  • Além destas formas de avaliação o grupo fará uma auto-avaliação, observando se conseguimos desenvolver nossos objetivos, se sentimos que foi proveitoso ou não, o projeto, para as crianças. Para tal utilizaremos o registro de cada encontro através de fotografias, vídeos e arquivos biográficos, que posteriormente serão utilizados para apresentação da mostra de curtas e a criação de um blog sobre o projeto.



CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio se constitui como um campo de conhecimento, iniciando com as teorias e depois partindo para a prática, preparando o futuro docente para um trabalho coletivo, uma vez que o ensino é uma tarefa de ações coletivas de toda comunidade escolar situada em contextos sociais, históricos e culturais.
As teorias por nós estudadas nos proporcionaram o embasamento necessário para a realização de nossas ações no estágio e muito contribuíram para o enriquecimento de nossos saberes, garantindo nosso aprimoramento no decorrer de nossa formação e competência para a nossa prática.
Tudo que vivenciamos neste semestre como as visitas nos campos de estágio, os GTs, palestras e minicursos da Semana de Integração vieram, num momento propício, ao encontro dos currículos por nós estudados para afirmar nosso aprendizado.
Durante a realização da primeira etapa de nosso estágio, percebemos nas instituições a prática docente estagnada num contexto antigo e tradicional, que não percebe o potencial que as crianças possuem para o aprendizado e formação integral como sujeitos ativos, reflexivos e atuantes em seu meio. Observamos a desvinculação do brincar, cuidar e educar. Em cada unidade foram observadas necessidades diferentes, porém também necessidades parecidas, como a melhor utilização e aproveitamento dos espaços e uma maior integração para uma prática pedagógica diferenciada.
Mediante a percepção das necessidades encontradas nas instituições de estágio, tivemos como intuito a realização deste projeto o qual pensamos que muito acrescentará de positivo na construção de saberes das crianças e no incentivo a utilização de práticas que valorizem o tripé brincar, cuidar, educar.
A metodologia de trabalho por projetos tem por base a abordagem e construção de uma questão, para respondê-la com amplas possibilidades de resolução. Assim, podemos dizer que o caminho que percorremos até o momento para a elaboração de nosso projeto não foi tarefa fácil não, pois exigiu de nós um olhar sutil, perspicaz e atento em nossas observações, um olhar capaz de enxergar os interesses e as necessidades apresentadas pelas crianças e correlacioná-los às perspectivas para a educação infantil, apresentadas pelos teóricos estudados, de forma que essas pudessem nos oferecer o embasamento necessário durante a escolha do tema e formulação da problemática para o mesmo. Encontramos algumas dificuldades nesse percurso com relação à divergência na organização das ideias e escrita, tanto do projeto como da pasta de estágio, e também em relação a como propor num mesmo projeto, uma abordagem adequada que atenda as necessidades dos dois níveis diferentes de escolaridade com os quais iremos trabalhar. Com o tempo, paciência, diálogo, leitura, orientações e estudo conseguimos superar as barreiras encontradas e dar continuidade ao processo de construção da nossa proposta.
Sabemos que teremos um grande trabalho a realizar no próximo semestre, como a elaboração e escrita dos anexos com as atividades que pretendemos colocar em prática; a concretização, o registro do desenvolvimento e a avaliação do projeto; a elaboração e apresentação da mostra de curtas sobre o estágio, a criação do blog, entre outros. Mediante essa perspectiva e considerando que somos estagiários da vida em constante aprendizado, esperamos que o projeto seja bem acolhido pelas instituições e nos possibilite o conhecimento e a reflexão das ações docentes nas mesmas, de modo a compreendê-las em seus impasses e dificuldades, para então, provocar a abertura necessária à transformação e inovação de suas práticas. Esperamos, também, uma participação ativa das crianças e com nossas ações criar um ambiente propício, facilitador do diálogo, das brincadeiras, da interação e da inclusão, que possa oferecer a elas uma multiplicidade de desafios e vivências de encantamento, dinamicidade e estímulo para que possam compreender o mundo e dele participar criando novas culturas.
Concluímos, assim, que a realização deste projeto será um momento propício para a reflexão sobre nossa formação, como esta pode influenciar a nossa prática pedagógica como futuros docentes e também aprofundar nossos conhecimentos teóricos e práticos sobre a educação, além de contribuir para a busca e realização de uma educação infantil dinâmica e de qualidade.






REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, Gisella de Souza; TOFOLI, Marise Helena. Cardoso; OLIVEIRA; Valdirene Alves de. Alergia alimentar como uma das dimensões da inclusão na prática docente na educação infantil. RENEFARA, Goiânia, v. 5, abr. 2014. Disponível em: http://www.fara.edu.br/sipe/index.php/renefara/article/view/201/184>. Acesso em: 24 Junho. 2014.
ARNAIS, Magali Ap. de O. Novas Crianças na Creche: o desafio da inclusão. 2003. 141 f. Dissertação (Mestrado em Educação)- Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas – SP. 2003.
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ROSA , Cristina Dias e LOPES, Elisandra Silva. In: OSTETTO, L.E. Encontro e encantamento na educação infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas - SP: Papirus, 2002, p.182.




1 *O nome das instituições são fictícios para a proteção da identidade das mesmas, assim recebendo os nomes de CMEI A, CMEI B e Escola Municipal C.