sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PLANO DE AULA


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA





ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO

Campo de estágio: Escola Municipal Peralta
Turma: 2º Período
Professora: Valdete
Profª de Estágio Supervisionado: Valdirene Alves de Oliveira
Acadêmicas: Maria do Carmo S. V. Novais
                       Marinele Lopes do Carmo
                       Milaine Alves Amaral
                       Nayara Cristina Oliveira Silva











INHUMAS
2014


PLANO DE AULA DO DIA 27/10/14
§  TEMA
Letramento, Autonomia, Espaço.
§  JUSTIFICATIVA
As ações planejadas para o terceiro encontro de regência na Escola Peralta estão pautadas no projeto “Para além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim” com a intenção de proporcionar experiências novas e significativas para as crianças, envolvendo o letramento com a brincadeira e o melhor aproveitamento do espaço da sala de aula, transformando-o em um ambiente propício a interações entre as turmas em forma de oficinas. Cuberes apud Vieira e Volquind (2002, p. 11) conceitua oficina como sendo:

 “um tempo e um espaço para aprendizagem; um processo ativo de transformação recíproca entre sujeito e objeto; um caminho com alternativas,com equilibrações que nos aproximam progressivamente do objeto a conhecer”.

Dessa forma, podemos dizer que as oficinas são trabalhos estruturados em grupos e centralizados em torno de questões relacionadas ao contexto social para a elaboração e construção de conhecimentos e atitudes de forma socializada, levando em consideração o conhecimento prévio que o sujeito participante possui. Assim, nas oficinas pedagógicas na educação infantil as crianças poderão, de forma contextualizada, aprender a organizar ideias, interagir, perceber o outro, se mostrar, escolher, descobrir, conhecer, se comunicar, desenvolver competências e compartilhar conhecimentos sempre dispostas a saber mais.
            Segundo Fonseca (2012, p.41): Planejar implica a organização de ambientes que garantam aprendizagens. Um ambiente é composto por espaço, tempo, interações, materiais e sua organização, que sempre revela uma concepção de infância, criança, homem e mundo. Nesse sentido, pretendemos organizar o espaço da sala do 2º período para uma oficina de culinária a fim de propiciar aprendizagens coletivas relacionadas ao letramento interagindo as crianças, de forma divertida e prazerosa, com as práticas de comunicação da leitura e escrita, através da criação de uma receita fácil de preparar e com um texto apropriado e dentro do contexto delas, mediante o propósito leitor de mostrar a elas a leitura e escrita de uma das diversas formas textuais com as quais elas irão se deparar durante sua formação e em sua vivência diária. Dessa forma vamos mediar, como escribas, a produção do texto da receita que as crianças irão produzir de forma ativa e autônoma, no intuito de permitir que elas fixem sua atenção nos aspectos ligados ao conteúdo, organização das ideias, estrutura, funcionamento, linguagem e gênero do texto, a fim de proporcionar significativamente algum avanço no processo de apropriação do sistema alfabético. Assim, segundo Costa Val, (1991 apud GiRÃO e BRANDÃO), nessa perspectiva, o texto não é visto como um instrumento acabado, concluído, mas como uma “ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal”, o que possibilitará que a construção do conhecimento realizada pelas crianças se dê de forma sociointerativa, criativa e dialógica entre elas e delas com o texto.
Portanto, articular teoria e prática é um desafio, principalmente com crianças, pois sabemos que entre pensar e fazer algo há uma distância a ser vencida e isso pode parecer complexo de se realizar na educação infantil. Contanto, Paviani, 2009, vem dizer que “um dos caminhos possíveis para a superação dessa situação é a construção de estratégias de integração entre pressupostos teóricos e práticas, o que, fundamentalmente, caracteriza as oficinas pedagógicas". Sendo assim podemos dizer que o trabalho pedagógico realizado em forma de oficinas é uma oportunidade para interagir turmas diferentes, criança/criança e criança/adulto, onde todos os envolvidos poderão vivenciar situações práticas e significativas de articular e incorporar simultaneamente reflexão e ação, e, também apropriar a construção coletiva de saberes
Esperamos que nossa proposta proporcione experiências estimulantes da curiosidade e do interesse das crianças aproximando-as de atos de leitura e escrita, possibilitando seu desenvolvimento comunicacional integral, ampliando seus conhecimentos e suas competências para que estejam sempre abertas ao novo e ao diferente e em sintonia com o futuro preparadas pelo presente.

§  OBJETIVOS
- Propiciar às crianças o contato com a leitura de forma dinâmica e real;
- Despertar o gosto pela leitura, através de receitas do dia-a-dia;
- Proporcionar situações de leitura diferenciadas, através dos nomes das frutas e de  receitas;
- Desenvolver a autonomia, imaginação, criatividade, atenção, oralidade, interpretação, cooperação, inventividade, afetividade, interação, coordenação motora, linguagem corporal, equilíbrio, lateralidade;
- Estimular a aprendizagem através de situações do cotidiano;
- Favorecer a sociabilidade, a compreensão de regras e o respeito ao outro.
METODOLOGIA
No dia 27 de outubro de 2014, nós, o grupo de estágio da sala do segundo período irá trabalhar com a “Oficina de culinária”, mas, antes de iniciarmos com a proposta do dia vamos ter um momento de conversa com as crianças para que elas fiquem cientes do que irá acontecer durante esta segunda-feira. Após esta rápida conversa iniciaremos a “Oficina”. No primeiro horário antes do recreio irão participar três salas para a realização das oficinas dividiremos cada grupo de uma sala por cores para que haja uma maior organização e para que todos participem. As crianças  poderão ter contato com as frutas, além de juntamente conosco fazer uma saborosa salada de frutas. Queremos influenciar as crianças a gostarem de leitura através de receitas, além de conhecer as frutas que estão presentes no seu dia-a-dia e também aqueles que muitos nem conhecem. Também almejamos aflorar a imaginação e criatividade das crianças mediante a interação entre criança-criança, criança-adulto e criança-leitura, através da  nossa mediação.
Participaremos também do momento cultural com a apresentação do teatro sobre a obra “A Dona Baratinha” de Ana Maria Machado. Após a apresentação teremos o recreio que terá a participação de nós estagiários também com brincadeiras.
Após o recreio iremos continuar com a “Oficina de culinária”.

           
RECURSOS
- TNT;
- Frutas diversas;
-Talheres apropriados;
-Copos e colheres descartáveis;
- Quadro e giz;
§  AVALIAÇÃO
                Avaliaremos nosso terceiro dia de regência através da interação das crianças com as atividades propostas, ou seja, como estas se relacionaram umas com as outras e como será a participação no desenvolvimento da receita e a relação com as crianças das outras turmas. Como apoio para nossa avaliação, contaremos com os registros escritos e fotográficos que faremos, além disso, respeitaremos a individualidade e a autonomia de cada criança. Levaremos em consideração a nossa prática, visto que esta também interfere no desenvolver das atividades com as crianças.

§  REAVALIANDO O DIA:
            O estágio do dia 20 de outubro de 2014 foi a segunda etapa de regência que vivenciamos na Escola Peralta. Neste segundo dia de estágio todos os momentos foram planejados. Como nosso projeto segue na perspectiva de letramento e brincadeiras, incentivamos a autonomia da criança e o aproveitamento dos espaços tanto interno como externos. Propusemos atividades em que as crianças puderam ter contatos com os livros e brincadeiras, através de rodas de conversas e de um pé de livro debaixo de uma árvore no parquinho e de brincadeiras com cantigas de roda.
            Levamos colchas de retalhos e tapetes de TNT e algumas almofadas para colocar no chão debaixo da árvore onde montamos o “Pé de Livro”. Dependuramos vários livros de diferentes histórias nos galhos das árvores e colocamos alguns sobre as colchas e o TNT. Como nem tudo sai da maneira que planejamos, neste dia houve um pequeno problema que foi o de termos esquecido o elástico que usaríamos para dependurar os livros e que sem ele tivemos que usar uma fita adesiva o que fez com que a proposta não saísse com o efeito que havíamos planejado; mas tudo ocorreu bem.
            Enquanto duas integrantes do grupo arrumava o “Pé de Livro” outras duas estavam na sala com as crianças apresentando e comentando sobre o desenho que elas ficaram terminando de fazer na aula anterior. Em seguida  as crianças forma convidadas para o parquinho onde estava montado o “Pé de Livro”. Elas ficaram encantadas com todos aqueles livros dependurados e logo foram “colhendo” seus livros e folheando, lendo, mostrando aos colegas e pedindo para que nós contássemos à história que havia ali.
            Também trabalhamos a contação de historia onde uma das integrantes do grupo contou a historia da Menina Bonita do Laço de Fita; teve até personagens no decorrer da história. As crianças adoraram. Perguntamos se eles já conheciam a história que havia sido contada e alguns disseram que sim, mas que não se lembravam de como era. Depois deste momento riquíssimo com as crianças tivemos que voltar para a sala para servir o lanche. Depois fomos para o momento cultural onde outro grupo de estágio cantou e dançou com todas as crianças juntas.
             Tivemos um intervalo para o recreio que foi acompanhado por todos os grupos de estágios e algumas professoras que nos ajudaram a organizar as crianças para brincarem no parque. Assim que terminou o recreio fomos brincar com cantigas de rodas com as crianças da nossa sala. A maioria delas não sabia e nem conhecia as cantigas que cantamos. Este segundo dia de estágio foi bastante proveitoso e as crianças aproveitaram bem mais que no primeiro. Além disso, não ficaram presas a escolarização como no anterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. ROSA, Ester Calland de Sousa (Orgs.). Ler e Escrever na Educação Infantil: Discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, São Paulo, 2011, 2ª Ed., 189 p.
FONSECA, Edi. Interações: com olhos de ler: apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da Educação Infantil.  Coordenado por Josca Ailine Baroukh. Organizado por Maria Cristina Carapeto Lavrador Alves.São Paulo: Blucher, 2012. p.41.  
VIEIRA, Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2002. p.







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