UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA
DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO
Campo de
estágio: Escola Municipal Peralta
Turma: 2º Período
Professora: Valdete
Profª de
Estágio Supervisionado: Valdirene Alves de Oliveira
Acadêmicas:
Maria do Carmo S. V. Novais
Marinele Lopes do Carmo
Milaine Alves Amaral
Nayara Cristina Oliveira
Silva
INHUMAS
2014
PLANO DE AULA DO DIA 27/10/14
§
TEMA
Letramento, Autonomia, Espaço.
§
JUSTIFICATIVA
As ações planejadas para o
terceiro encontro de regência na Escola Peralta estão pautadas no projeto “Para
além da sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim” com a
intenção de proporcionar experiências novas e significativas para as crianças,
envolvendo o letramento com a brincadeira e o melhor aproveitamento do espaço
da sala de aula, transformando-o em um ambiente propício a interações entre as
turmas em forma de oficinas. Cuberes apud Vieira e Volquind (2002, p. 11) conceitua
oficina como sendo:
“um
tempo e um espaço para aprendizagem; um processo ativo de transformação
recíproca entre sujeito e objeto; um caminho com alternativas,com equilibrações
que nos aproximam progressivamente do objeto a conhecer”.
Dessa forma, podemos dizer
que as oficinas são trabalhos estruturados em grupos e centralizados em torno
de questões relacionadas ao contexto social para a elaboração e construção de
conhecimentos e atitudes de forma socializada, levando em consideração o conhecimento
prévio que o sujeito participante possui. Assim, nas oficinas pedagógicas na
educação infantil as crianças poderão, de forma contextualizada, aprender a
organizar ideias, interagir, perceber o outro, se mostrar, escolher, descobrir,
conhecer, se comunicar, desenvolver competências e compartilhar conhecimentos
sempre dispostas a saber mais.
Segundo Fonseca (2012, p.41): Planejar implica a
organização de ambientes que garantam aprendizagens. Um ambiente é composto por
espaço, tempo, interações, materiais e sua organização, que sempre revela uma
concepção de infância, criança, homem e mundo. Nesse sentido, pretendemos
organizar o espaço da sala do 2º período para uma oficina de culinária a fim de
propiciar aprendizagens coletivas relacionadas ao letramento interagindo as
crianças, de forma divertida e prazerosa, com as práticas de comunicação da
leitura e escrita, através da criação de uma receita fácil de preparar e com um
texto apropriado e dentro do contexto delas, mediante o propósito leitor de
mostrar a elas a leitura e escrita de uma das diversas formas textuais com as
quais elas irão se deparar durante sua formação e em sua vivência diária. Dessa
forma vamos mediar, como escribas, a produção do texto da receita que as
crianças irão produzir de forma ativa e autônoma, no intuito de permitir que
elas fixem sua atenção nos aspectos ligados ao conteúdo, organização das
ideias, estrutura, funcionamento, linguagem e gênero do texto, a fim de
proporcionar significativamente algum avanço no processo de apropriação do
sistema alfabético. Assim, segundo Costa Val, (1991 apud GiRÃO e BRANDÃO),
nessa perspectiva, o texto não é visto como um instrumento acabado, concluído,
mas como uma “ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão,
dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal”, o que possibilitará
que a construção do conhecimento realizada pelas crianças se dê de forma
sociointerativa, criativa e dialógica entre elas e delas com o texto.
Portanto, articular teoria e
prática é um desafio, principalmente com crianças, pois sabemos que entre
pensar e fazer algo há uma distância a ser vencida e isso pode parecer complexo
de se realizar na educação infantil. Contanto, Paviani, 2009, vem dizer que “um
dos caminhos possíveis para a superação dessa situação é a construção de
estratégias de integração entre pressupostos teóricos e práticas, o que,
fundamentalmente, caracteriza as oficinas pedagógicas". Sendo assim
podemos dizer que o trabalho pedagógico realizado em forma de oficinas é uma
oportunidade para interagir turmas diferentes, criança/criança e
criança/adulto, onde todos os envolvidos poderão vivenciar situações práticas e
significativas de articular e incorporar simultaneamente reflexão e ação, e,
também apropriar a construção coletiva de saberes
Esperamos que nossa proposta
proporcione experiências estimulantes da curiosidade e do interesse das
crianças aproximando-as de atos de leitura e escrita, possibilitando seu
desenvolvimento comunicacional integral, ampliando seus conhecimentos e suas
competências para que estejam sempre abertas ao novo e ao diferente e em
sintonia com o futuro preparadas pelo presente.
§ OBJETIVOS
- Propiciar às crianças o
contato com a leitura de forma dinâmica e real;
-
Despertar o gosto pela leitura, através de receitas do dia-a-dia;
-
Proporcionar situações de leitura diferenciadas, através dos nomes das frutas e
de receitas;
-
Desenvolver a autonomia, imaginação, criatividade, atenção, oralidade,
interpretação, cooperação, inventividade, afetividade, interação, coordenação
motora, linguagem corporal, equilíbrio, lateralidade;
-
Estimular a aprendizagem através de situações do cotidiano;
-
Favorecer a sociabilidade, a compreensão de regras e o respeito ao outro.
METODOLOGIA
No
dia 27 de
outubro de 2014 , nós, o grupo de estágio da sala do segundo período
irá trabalhar com a “Oficina de culinária”, mas, antes de iniciarmos com a
proposta do dia vamos ter um momento de conversa com as crianças para que elas
fiquem cientes do que irá acontecer durante esta segunda-feira. Após esta
rápida conversa iniciaremos a “Oficina”. No primeiro horário antes do recreio
irão participar três salas para a realização das oficinas dividiremos cada
grupo de uma sala por cores para que haja uma maior organização e para que
todos participem. As crianças poderão
ter contato com as frutas, além de juntamente conosco fazer uma saborosa salada
de frutas. Queremos influenciar as crianças a gostarem de leitura através de
receitas, além de conhecer as frutas que estão presentes no seu dia-a-dia e
também aqueles que muitos nem conhecem. Também almejamos aflorar a imaginação e
criatividade das crianças mediante a interação entre criança-criança, criança-adulto
e criança-leitura, através da nossa
mediação.
Participaremos
também do momento cultural com a apresentação do teatro sobre a obra “A Dona
Baratinha” de Ana Maria Machado. Após a apresentação teremos o recreio que terá
a participação de nós estagiários também com brincadeiras.
Após
o recreio iremos continuar com a “Oficina de culinária”.
RECURSOS
-
TNT;
- Frutas
diversas;
-Talheres
apropriados;
-Copos
e colheres descartáveis;
-
Quadro e giz;
§ AVALIAÇÃO
Avaliaremos nosso terceiro
dia de regência através da interação das crianças com as atividades propostas,
ou seja, como estas se relacionaram umas com as outras e como será a
participação no desenvolvimento da receita e a relação com as crianças das
outras turmas. Como apoio para nossa avaliação, contaremos com os registros
escritos e fotográficos que faremos, além disso, respeitaremos a
individualidade e a autonomia de cada criança. Levaremos em consideração a
nossa prática, visto que esta também interfere no desenvolver das atividades com
as crianças.
§ REAVALIANDO
O DIA:
O estágio do dia 20 de outubro de
2014 foi a segunda etapa de regência que vivenciamos na Escola Peralta. Neste
segundo dia de estágio todos os momentos foram planejados. Como nosso projeto
segue na perspectiva de letramento e brincadeiras, incentivamos a autonomia da
criança e o aproveitamento dos espaços tanto interno como externos. Propusemos
atividades em que as crianças puderam ter contatos com os livros e
brincadeiras, através de rodas de conversas e de um pé de livro debaixo de uma
árvore no parquinho e de brincadeiras com cantigas de roda.
Levamos colchas de retalhos e
tapetes de TNT e algumas almofadas para colocar no chão debaixo da árvore onde
montamos o “Pé de Livro”. Dependuramos vários livros de diferentes histórias
nos galhos das árvores e colocamos alguns sobre as colchas e o TNT. Como nem
tudo sai da maneira que planejamos, neste dia houve um pequeno problema que foi
o de termos esquecido o elástico que usaríamos para dependurar os livros e que
sem ele tivemos que usar uma fita adesiva o que fez com que a proposta não
saísse com o efeito que havíamos planejado; mas tudo ocorreu bem.
Enquanto duas integrantes do grupo
arrumava o “Pé de Livro” outras duas estavam na sala com as crianças
apresentando e comentando sobre o desenho que elas ficaram terminando de fazer
na aula anterior. Em seguida as crianças
forma convidadas para o parquinho onde estava montado o “Pé de Livro”. Elas
ficaram encantadas com todos aqueles livros dependurados e logo foram
“colhendo” seus livros e folheando, lendo, mostrando aos colegas e pedindo para
que nós contássemos à história que havia ali.
Também trabalhamos a contação de
historia onde uma das integrantes do grupo contou a historia da Menina Bonita
do Laço de Fita; teve até personagens no decorrer da história. As crianças
adoraram. Perguntamos se eles já conheciam a história que havia sido contada e
alguns disseram que sim, mas que não se lembravam de como era. Depois deste
momento riquíssimo com as crianças tivemos que voltar para a sala para servir o
lanche. Depois fomos para o momento cultural onde outro grupo de estágio cantou
e dançou com todas as crianças juntas.
Tivemos um intervalo para o recreio que foi
acompanhado por todos os grupos de estágios e algumas professoras que nos
ajudaram a organizar as crianças para brincarem no parque. Assim que terminou o
recreio fomos brincar com cantigas de rodas com as crianças da nossa sala. A
maioria delas não sabia e nem conhecia as cantigas que cantamos. Este segundo
dia de estágio foi bastante proveitoso e as crianças aproveitaram bem mais que
no primeiro. Além disso, não ficaram presas a escolarização como no anterior.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. ROSA, Ester
Calland de Sousa (Orgs.). Ler e Escrever
na Educação Infantil: Discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, São
Paulo, 2011, 2ª Ed., 189 p.
FONSECA,
Edi. Interações: com olhos de ler:
apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da Educação Infantil. Coordenado por Josca Ailine Baroukh.
Organizado por Maria Cristina Carapeto Lavrador Alves.São Paulo: Blucher, 2012.
p.41.
VIEIRA,
Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de
ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2002. p.
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